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Jamie Oliver e o Porto

Imagem retirada de jamieoliver.com
Aparentemente não têm nada a ver um com o outro, mas já aí vamos… Para quem não sabe, Jamie Oliver, o famoso chef inglês, possui, além de milhares de outros negócios bem sucedidos (há que admirá-lo por isso), uma revista intitulada “Jamie Magazine”. Como seria de esperar, é uma revista cujos artigos levitam à volta da culinária, mas não é uma revista de receitas, é muito mais do que isso. Na sua secção “Travel”, a Jamie Magazine brindou-nos no último número com um artigo sobre a nossa magnífica cidade do Porto (já estão a perceber a relação?!).
Imagem retirada de jamieoliver.com
Um artigo bem escrito por Emma Ventura, cujo apelido me leva a suspeitar de uma ascendência lusa e daí da subjectividade do artigo. Quem tiver curiosidade, pode ler o artigo aqui. De destacar o seguinte: o Porto está a dar que falar! Quem tiver ido recentemente ao centro durante o dia, vê-se rodeado de turistas das mais diversas nacionalidades por todo o lado, atarefados com as suas máquinas fotográficas a perpetuar imagens da Torre dos Clérigos, da ponte D. Luis, da Ribeira, da Igreja de S. Francisco, da Livraria Lello, da praça dos Leões, do mercado do Bolhão, da Avenida dos Aliados, e mais, muito mais! À noite, também os há, mas concentrados essencialmente à volta da zona das Galerias, como se estivéssemos em Espanha, tentamos passar pela multidão esmagadora no meio da rua, com copos de cerveja na mão e tudo em amena cavaqueira nas mais diversas línguas. Quem tem olho para o negócio aproveita este boom de turismo no Porto, e abre hotéis (ou hostels, ou pensões, etc.). A Avenida dos Aliados vai-se transformar basicamente numa série de hotéis para vários gostos (veja-se o Palácio das Cardosas, uau…). E acho muito bem que o Porto ressuscite de alguma forma. Pena que ainda haja tantas casas e prédios devolutos no centro da cidade, que são verdadeiros tesouros arquitectónicos em ruína.
E tanto havia para dizer sobre o Porto, mas uma coisa é certa, o que torna a nossa cidade tão especial são as pessoas, somos nós! =)

Domingo: sob o olhar ameaçador de um golfinho


Depois de uma semana típica de Outono, apesar de ainda estarmos em Agosto, com alguma chuva, algum frio e um céu cinzento, o S. Pedro decidiu dar-nos um descanso de fim-de-semana e deixou-nos aproveitar quiçá os últimos dias de sol e calor deste Verão.
A água podia estar mais agradável (uns meros 23ºC) mas com os raios de sol a bater na pele, não aguentávamos mais de 10 minutos sem mergulhar na piscina, sob o olhar atento e algo ameaçador do golfinho residente…

Rectângulos de figo com um toque de anis

Um dos frutos da época é o figo. Adoro figos!! Super doces e suculentos, é a forma da Natureza nos dar uma sobremesa pronta a comer. Contudo, as figueiras cá de casa são tão generosas que eu já tropeço em figos! Uma óptima atracção para nuvens de abelhas e vespas, o que não é nada agradável… O problema desta fruta é que depois de apanhada convém ser logo consumida, isto é, não podemos deixar passar mais do que 1 ou 2 dias senão apodrecem, um desperdício!

Os meus figos. Têm bom aspecto ou não?! =))

Assim, lembrei-me de experimentar uma receita que já tinha visto num blog que eu acompanho quase religiosamente: Fat Free Vegan Kitchen. Já agora, uma pequeno aparte: quem abrir esse blog vai ver uma das receitas mais recentes (de 25 de Agosto), “Skillet Eggplant and Lentils”, que foi o meu almoço de sábado e ficou delicioso! Prometo esse post para daqui a uns dias =) Bem, regressando aos figos, a receita original está aqui: Skinny Figgy Bars.

Recheio:
- 225g de figos secos (usei frescos)
- 100g de tâmaras picadas
- 1 colheres de sopa de amêndoas laminadas
- 2 gotas de extracto de anis (usei uma estrela de anis)
- 1 colher de sopa de adoçante líquido
- 2 colheres de sopa de água (não usar no caso de figos frescos)
- 1 colher de sopa de sumo de limão
- ¼ de colher de chá de canela
- 1/8 de colher de chá de gengibre

Retirar os caules dos figos secos ou retirar a pele no caso de se usar figos frescos. Colocá-los numa picadora, juntamente com as amêndoas e as tâmaras, e picar até formar uma pasta. Adicionar os restantes ingredientes e picar mais um pouco para misturar bem. Reservar.
Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Crust”:
- 2 chávenas de flocos de aveia
- 1 colher de chá de fermento
- ¼ colher de chá de sal
- 120ml de sumo de maçã
- 3 colheres de adoçante líquido
- ¼ chávena de água

Combinar os flocos de aveia, o fermento e o sal, misturar bem. Adicionar os restantes ingredientes da “crust” e mexer bem.

Numa forma quadrada ou rectangular pequena, colocar metade da mistura de “crust”, e pressionar com os dedos ou uma colher de pau. Despejar o recheio de forma uniforme por cima desta “crust”. Adicionar novamente uma camada de “crust”. O resultado é uma “sanduíche” do recheio de figo.
Levar ao forno por 30min ou até ficar dourado.
Retirar do forno e deixar arrefecer antes de cortar em barritas ou rectângulos.

Icing (opcional)
Esta parte dispensei, pois achei que algo feito com figos e tâmaras não precisa de mais açúcar! Mas para quem quiser que as barritas tenham um efeito visual mais interessante…
Misturar 3 colheres de sopa de açúcar em pó com ½ ou 1 colher de sopa de água. Adicionar um pouco de baunilha, ao gosto. Deitar por cima do “bolo” antes de cortar.

Resultado

Ficaram deliciosos! É uma óptima forma de gastar os figos que estiverem a dar as últimas. Mas atenção, quem fizer com figos frescos (sem ser secos), pode acontecer que as barritas não fiquem muito sólidas, daí lhe ter chamado “Rectângulos”! Neste caso, pode-se optar por se usar uma tarteira em vez da forma quadrada/rectangular, e servir em fatias como uma tarte, acompanhadas de uma bola de gelado de baunilha, penso que deve combinar muito bem.
Outra observação: o anis dá um toque muito interessante à mistura de figos. Quem apreciar pode exagerar mais um pouco, usando 2 estrelas em vez de uma.
Este é um doce muito original para a época natalícia / fim-de-ano, usando os figos secos que sobram (se sobrar?!) das festanças.

Pão de curgete e passas

Talvez há mais de 2 anos que decidi começar a fazer o meu próprio pão. Farta de ver sempre os mesmos tipos de pães à venda, com sementes, sem sementes, integral, de milho, com chocolate, etc, não existe melhor maneira de comermos um pãozinho ao nosso gosto do que fazê-lo!
A minha escolha vai sempre para pão integral, pois já que devemos ingerir hidratos de carbono (nem pensar em eliminá-los de vez da nossa alimentação!), pelo menos que venham acompanhados de muita fibra! =) Já agora, o mesmo se aplica a arroz e massas…
E quem pensa que para isso é preciso ter um tio padeiro e uma máquina toda XPTO, aqui estou eu para provar o contrário! Nesta minha missão, comecei por usar as farinhas preparadas para pão, isto é, que já vêm com a mistura feita e só temos de juntar água e deixar levedar antes de levar ao forno ou máquina. Entretanto comecei a querer aumentar o meu leque de escolhas e agora já faço a minha própria mistura e meto para lá o que me apetecer naquele momento (e o que houver na cozinha). E sem recurso a tecnologias ultra-avançadas como as máquinas de fazer pão que, depois de algumas primeiras utilizações, ficam encostadas a um canto da cozinha ou da dispensa a ganhar pó! Não há nada como o tradicional forno, muito versátil, e que chega perfeitamente para fazer um delicioso pão.
Desta vez optei por experimentar a receita que aqui transcrevo, disponível originalmente no site da fantástica revista “Better Homes and Gardens”, aqui!


Ingredientes:
- 1 chávena e ½ de farinha (usei integral)
- 1 colher de chá de canela
- ½ colher de chá de bicarbonato
- ½ colher de chá de sal
- ½ colher de chá de fermento (usei levedura)
- 1 pitada de noz-moscada
- 1 ovo batido
- 1 chávena de açúcar (usei açúcar de cana integral e apenas ½ chávena)
- 1 chávena de curgete ralada descascada*
- ¼ chávena de óleo (usei apenas 2 colheres de óleo de girassol)
- ½ chávena de nozes picadas
- 1/ chávena de uvas-passas (usei tâmaras** em vez de passas)

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Numa tigela média, combinar a farinha, a canela, o bicarbonato, o sal e a noz-moscada.
Colocar a levedura (fermento biológico instantâneo) num pouco de água morna*** e deixar reagir uns minutos. Se se usar fermento normal, juntar à farinha.
Noutra tigela, combinar o ovo com a curgete e o óleo. Juntar a mistura da levedura.
Aos poucos, adicionar a mistura do ovo à mistura de farinha e mexer bem. Juntar as nozes picadas e as passas/tâmaras.
No caso de se usar levedura, deve-se colocar a massa obtida num alguidar ligeiramente untado, tapar com um pano de cozinha ou com película aderente, e deixar crescer durante pelo menos 1h. No caso de se usar fermento, pode-se passar este passo à frente.
Colocar a massa numa forma tipo bolo-inglês (para ficar tipo pão-de-forma) ligeiramente untada. Colocar no forno durante +/- 50min, ou até estar cozido. Retirar do forno e deixar arrefecer cerca de 10min. Desenformar e deixar arrefecer antes de cortar em fatias.




Observações:
* Não esquecer de descascar as curgetes! Não façam como eu, que me esqueci e agora encontro pedacinhos verdes no meio do pão, o que até torna a coisa engraçada, mas pode parecer esquisito para quem não souber o que é! =) Dá para ver bem nesta última fotografia...
** No caso de se usar tâmaras, pode-se diminuir a quantidade de açúcar utilizado, pois estas conferem muita doçura ao pão.
*** Quando se usa levedura instantânea, deve-se sempre diluir num pouco de água morna (p. ex., ½ chávena) de forma a activá-la. Contudo, é preciso ter cuidado com a temperatura da água, não pode estar fria (senão não activa a levedura), nem pode estar muito quente (senão destrói a levedura).


Curiosidades:
  • Pode parecer estranho, à primeira vista, usar curgete para fazer pão, pois normalmente associamos este legume a sopas ou salteados, no entanto, a curgete ralada pode ser usada nas mais variadas confecções, desde saladas (crua) até bolos (como usei neste pão). Este legume, além de ter poucos hidratos de carbono, tem muita água e fibras, o que confere um toque saudável e húmido, permitindo substituir a gordura no caso dos bolos e pão.
  • Eu prefiro usar levedura instantânea quando faço pão, pois dá um ar mais fofo ao pão, senão fica muito “maçudo”.
ENJOY!! =)

Cookies de aveia, canela e passas


Ingredientes
- ¾ chávena de manteiga (substituí por sumo de maçã)
- 1 chávena de açúcar (usei açúcar de cana integral e apenas ¾ chávena)
- 1 ovo
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- ¾ chávena de farinha (usei integral)
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
- ½ colher de chá de fermento
- ¼ colher de chá de sal
- 1 colher de chá de canela
- 1 pitada de noz-moscada
- 3 chávenas de flocos de aveia
- ½ chávena de uvas passas
- ½ chávena de amêndoas laminadas (opcional)

Misturar bem o açúcar com a manteiga (ou sumo de maçã). Juntar o ovo e a baunilha.
Noutra tigela, combinar a farinha, o bicarbonato, o fermento, a canela, noz-moscada e sal.
Com uma colher, envolver a mistura do açúcar com a mistura da farinha. Juntar os flocos de aveia uma chávena de cada vez, e depois as passas.
Fazer pequenas bolas e distribuí-las num tabuleiro de forno revestido com papel vegetal, e espalmá-las com os dedos molhados, para dar a forma de bolachas.
Cozer durante 15 a 20min a 180ºC. Dá cerca de 30 cookies (conforme a espessura desejada).

Acompanhadas de um copo de leite morno, ou um chocolate quente, sabem mesmo bem nestes dias/noites de chuva, em pleno Verão!

Receita retirada de: já não me lembro! =)

Agulha e linha: Avental vintage

Já há algum tempo que andava com vontade de me dedicar à máquina de costura. Entre os meus milhares de projectos DIY (Do It Yourself) que tenho reunido ao longo de anos e aguardam pelo dia em que se irão materializar, decidi-me por um avental vintage, até porque é útil nas minhas aventuras culinárias!
Inspirei-me nos modelos de um site especializado na venda de todo o tipo de aventais: Flirty Aprons, que tem uns exemplares lindíssimos mas à volta de 20€ - 25€ (mais portes). Em tempos de crise económica, nada melhor do que meter as mãos à massa e fazer o meu próprio avental. Os tecidos foram adquiridos no IKEA, baratuchos, e a máquina já faz parte da mobília cá de casa. O resto, imaginação, não se paga, principalmente quando é fértil!
O processo de confecção:

O resultado final:

Para quem se quiser inspirar existem milhares de moldes (patterns) grátis no mundo cibernético, acho que o pior é mesmo escolher! =)

Bolo de Limão / Lemon Loaf


Ingredientes
- 3 chav. farinha (usei integral)
- ¼ chav. amido de milho (maizena)
- 2 colheres de chá de fermento
- ¼ colher de chá de bicarbonato de Sódio
- 1 colher de chá de sal
- 2 ¼ chav. de açúcar (usei apenas 1 ½ de açúcar de cana integral)
- 8 ovos (usei apenas 3)
- 2 colheres de sopa de raspa de limão
- ¼ chav. de sumo de limão
- 1 ½ chav. de manteiga sem sal (usei uma chávena de sumo de maçã)
- ½ chav. de natas (usei 1 iogurte natural)
- 1 colheres de chá de essência de baunilha

Pré-aquecer o forno a cerca de 200ºC. Untar a forma com manteiga e farinha.
Misturar a farinha, a maizena, o bicarbonato, o fermento e sal numa tigela media.
Misturar bem o açúcar, ovos, raspa de limão, sumo de limão numa taça grande.  Adicionar a manteiga derretida (ou sumo de maçã), mexendo sempre. Juntar as natas (ou iogurte) e a baunilha e mistura bem. Juntar lentamente a mistura de farinha, sem bater demasiado.
Colocar no forno por 20min, depois reduzir a temperatura para cerca de 180ºC e deixar assar por mais 30min. Retirar do forno e deixar arrefecer na forma por 15min, antes de desenformar.

Glacê de Limão
- 2 chávenas de açúcar em pó (usei apenas 1)
- 4 a 6 colheres de sopa de sumo de limão
Numa pequena taça, misturar o açúcar com 4 colheres de sopa de limão. Se a mistura estiver demasiado rígida, juntar mais 1 ou 2 colheres de sumo de limão. Deitar o glacê por cima do bolo, deixando escorrer pelos lados. Deixa o glacê endurecer, cerca de 15min, antes de servir.

Receita original aqui! =)

Vasos personalizados

Material:
- Vasos velhos e aborrecidos
- Tintas (esmalte) de cores contrastantes
- Trincha e/ou pincel
- Stencil (opcional)
- Imaginação e alguns minutos de tempo livre

Et voilá! Uns bonitos vasos únicos no mundo! =)

Um passeio pela Galiza


Quem leu a Time Out Porto deste mês (Agosto) deve ter visto, nas sugestões sobre o que fazer durante as férias na zona do Porto e arredores, uma ida às Ilhas Cíes, em Espanha. As Islas Cíes fazem parte do Parque Nacional Marítimo Terrestre das Ilhas Atlânticas da Galiza, e possui, segundo o jornal britânico “The Guardian”, a melhor praia do mundo, a praia de Rodas, com areia fina branca banhada pelas aguas azul turquesa cristalinas. Pareceu-nos um bom plano para pôr em prática num domingo nublado, sem perspectivas de praia nem piscina.
Fomos até Vigo, de onde parte o ferry para as Ilhas Cíes, e foi uma aventura encontrar a bilheteira, pois estava a decorrer uma prova de down-hill em plena cidade, estando a bilheteira do ferry escondida atrás das bancadas do publico que assistia à prova! Soubemos nessa altura que, por ser considerada um santuário da fauna e flora autóctones, o limite de pessoas por dia nas ilhas é de 2000, valor que já tinha sido atingido e não seria hoje que visitávamos as ilhas.
Foi-nos então sugerido que fossemos até a Isla de Ons, que também faz parte das ilhas atlânticas da Galiza, mas desta vez com saída de Bueu, para os lados de Pontevedra. Lá fomos nós até Bueu, onde foi novamente uma aventura encontrar a bilheteira… Não muito inspirados pelo tempo (cinzento e prestes a chover) e com um grande buraco no estômago, decidimos ir almoçar, provar a famosa caldeirada de polvo típica desta região. Fomos ao “Pescador”, por sorte arranjamos mesa, rodeada de inúmeras famílias galegas a devorar doses industriais de marisco, bivalves e outros bichos do género.
A caldeirada de polvo estava divinal e depois do almoço, nada melhor do que um passeio à beira-mar, antes de termos abandonado a Galiza, debaixo de chuva intensa, de volta para casa. Quanto às Ilhas Cíes terão de ficar para a proxima! =)

Sábado doce

Sábado doce
Pela primeira vez na minha vida, fiz panquecas! Decidi que iria tomar um pequeno almoço de influencia americana, mas sem entrar no bacon nem ovos, dediquei-me então às panquecas. Claro está que substitui a farinha normal por farinha integral, o açúcar por adoçante e usei o mínimo de óleo possível para as fritar. Ficaram deliciosas, regadas com um fio de mel, e acompanhadas por um iogurte caseiro com mirtilos.


Quando for grande quero... ter uma cozinha igual à de Miss Dahl!

Se forem espectadores assíduos da Sic Mulher (como eu) já devem ter visto um ou outro episódio de “The Delicious Miss Dahl”. Ora bem, Sophie Dahl não é uma austera chef que quase que nos bate através do ecrã da TV nem uma avozinha da cozinha que nos ensina a fazer comida com restos de cascas de batata, é uma ex-modelo (sim! a ultima pessoa que esperaria ver numa cozinha!), britânica, que se dedica actualmente a escrever sobre culinária. Na sua dedicação a este mundo, fez este programa de televisão onde nos apresenta de uma forma quase… como dizer … esotérica, como se preparam certos pratos, associados a um estado de espírito (p. ex., melancolia, romance, etc.). Há quem diga que não passa de uma “Nigella-wanna-be”, de uma imitação reles da verdadeira sedutora culinária que é Nigella Lawson (outra personagem pela qual me perco a ver televisão), mas isso não me interessa, porque eu viajo durante os 20 minutos que dura cada episodio para uma Inglaterra bucólica, recheada de sabor e tranquilidade. Ok, estou a esquecer-me por uns momentos dos tumultos em Londres, Manchester e outras cidades inglesas… LOL.
Aqui fica um episódio para quem nunca viu:

Mas aquilo que me tem deixado realmente apaixonada é… a COZINHA de Miss Dahl! Ou melhor, a cozinha onde ela grava o programa, pois segundo li algures aquela casa é alugada pelo verdadeiro dono para sessões fotográficas, cenários de filmes e programas de televisão, incluindo o de Dahl. Pormenores à parte, a verdade é que eu quero ter uma igual! Sem tirar nem pôr, é a cozinha perfeita! O espírito campestre, a simplicidade de cores, a funcionalidade, o ar usado e antigo, a loiça vintage de me fazer sonhar com aquele prato, aquela taça ou mesmo o armario:
A verdade é que também temos uma espécie de... versão (?) portuguesa: “Dias com Mafalda” com Mafalda Pinto Leite. Quer se goste ou não (e nem eu própria sei se gosto ou não), pode-se dizer que a decoração da cozinha segue a mesma linha, apesar de dizerem que esta pertence mesmo à apresentadora do programa em questão. Mas o melhor exemplo do velho slogan “O que é nacional é bom” é usarem, nesta versão tuga, as maravilhosas loiças Bordallo Pinheiro. Desculpem, mas quem não se lembra de ver em casa da avó ou daquela velha tia, o famoso conjunto de loiça a imitar uma couve?! Pois é, parece que isso está outra vez na moda, por incrível que pareça. Mas tenho de admitir que me perco com as loiças mais simples desta marca: os pratos em cores pastel, a travessa em forma de peixe, a terrina em forma de tomate, enfim… uma perdição!


Para verem o resto da casa, que tambem é deliciosa, cliquem aqui.
Uffa, nem eu sabia que tinha tanto para dizer sobre uma simples divisão da casa! Mas dizem os entendidos que é o coração do lar… =)

Fruta de Verão: um deleite para os sentidos





Para mim, uma das melhores partes de viver em ambiente rural são estes simples gestos como apanhar a fruta da árvore e saboreá-la imediatamente a seguir: o sabor no seu expoente máximo, o cheiro limpo e puro e as cores vivas e intensas. Hmmm...

Fui criada assim! =)

Preguiça de Domingo

A chuva parece ter dado tréguas neste Domingo, e nada melhor do que esticar na espreguiçadeira e vegetar… Não foi para isso que fizeram o 7º dia?


Sábado chuvoso

Acordar tarde num sábado chuvoso leva-me a preparar um pequeno-almoço diferente do pequeno-almoço típico do dia-a-dia... Hoje a escolha foi para uma receita do livro de Jillian Michaels "How to master your metabolism Cookbook": Iogurte com crunch de quinoa e bagas.
Claro que tinha de dar um toque pessoal à receita substituindo o iogurte grego por iogurte caseiro (feito por mim na iogurteira, da idade da pedra, da minha mãe) e as bagas, além de uns mirtilos, consistiram essencialmente em amoras apanhadas do quintal, debaixo de intensa chuva, terminando com umas lâminas de amêndoa espalhadas no topo.


Como a chuva continuou a caír, para o almoço preparei um ratatouille no forno com mozzarela gratinado, que não fiou nada mal, não sr.! Receita vegetariana retirada do mesmo livro.

Nota: tudo confeccionado com produtos naturais, de preferência biológicos, sem gorduras "não saudáveis" e sem açúcar, de forma a respeitar o nosso metabolismo.

Conclusão: Espero que amanhã não chova! =)


Viagem Medieval - Santa Maria da Feira

Só tenho uma coisa a dizer a quem nunca visitou a Viagem Medieval de St. Maria da Feira: O QUE ANDAM A FAZER NESTE MUNDO?? Lol. Andam a perder uma dos melhores eventos culturais / de entretenimento do nosso país! Quem visita este tipo de feiras tem de concordar comigo, é de longe a melhor feira medieval portuguesa. Este ano até a Super Bock se aliou ao evento e criou uma cerveja temática “Cerveja de autor – Viagem Medieval”.
Novidade do ano: Pulseira de acesso à Feira (2€)

Recomendações:
- Fim da tarde: na minha opinião é a melhor altura para visitar a feira, o pôr-do-sol visto do castelo é lindo, e conseguimos ver a feira ainda de dia, com todo o seu esplendor, e logo a seguir começamos a ver a magia da noite a acontecer;
- Castelo: merece, sem dúvida, uma visita, além das recriações que acompanham normalmente a visita, com interacção de actores com o público, ficamos a conhecer o castelo de uma ponta a outra, que é deveras interessante;
- Sangria: difícil de escolher entre as 1001 variedades (de frutos silvestres, com canela, etc.), o que interessa é andar sempre equipado com um copo de sangria na mão; quem quiser pode levar o copo do ano anterior, senão vai ter de pagar uma caução;
- Fogaça: ir a Santa Maria e não comer/comprar fogaça é pior do que ir a Roma e não ver o Papa! Preparem-se para as filas intermináveis, mas vale a pena!
- Evitar os fins-de-semana: para quem tem fobia de multidões, como eu, é melhor evitar o período de 6ªf à noite a domingo, fica quase impossível circular pela feira e aproveitar verdadeiramente esta experiência. Não quer dizer que nos restantes dias não haja confusão, mas é mais suportável… Por outro lado, ao fim-de-semana é quando existem mais recriações e animações pela feira;
Têm até Domingo (7 de Agosto) para visitar!

Aboboras: um caso bicudo (?)


Cada ano que passa, a nossa produção caseira de abóboras toma proporções cada vez maiores. Este ano posso dizer que atingimos o record de volume por abóbora… Agora o problema e´: o que fazer com tantas abóboras e como as tirar daqui?!


Já pensei em ir vende-las para o Mercado Porto Belo, na Praça Carlos Alberto, no Porto, aos sábados `a tarde, mas mesmo assim não resolve o problema logístico da coisa.
Bem, resta-me fazer muito doce de abóbora e muita sopinha!

Welcome!

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Bem-vindo ao meu blog!
Há algum tempo que vinha a pensar construir um blog, no entanto, só agora, depois de uns dias de dolce far nient (= ferias) concretizei o dito cujo. Não e´ um blog dedicado a “isto” ou “aquilo”, mas sim uma área para partilhar um pouco da minha vida e dos meus gostos.
Criatividade e simplicidade são duas das directrizes que espero que acompanhem os posts ao longo da vida deste blog, assim como a minha própria vida!
Enjoy!
Dica: adiciona o blog aos Favoritos e vai acompanhando os desenvolvimentos (quase) diarios.