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Agulha e linha: saco para compras

Farta de andar com sacos plásticos para trás e para a frente, optei há uns anos atrás por usar um saco grande para transportar as compras do supermercado. Contudo, o saco, ao fim de muito tempo desapareceu misteriosamente (suponho que esteja enterrado algures no meio da tralha na mala do meu carro)!
Foi a oportunidade ideal para fazer o meu próprio saco para as compras!! Vi o tecido apropriado na loja de tecidos: um tecido resistente com uns desenhos de umas galinhas super castiças. Quanto à fita para as asas, encontrei num sítio inesperado: Leroy Merlin, LOL! É incrível a variedade de coisas que se conseguem encontrar numa loja de “ferragens”.
O modelo do saco fui eu que inventei, não me baseei em nenhum molde nem saco, pois desta vez achei que era demasiado básico para ser necessário. Então, mãos à obra e toca a cortar o tecido (inclui o tecido para o forro em preto) e depois foi só coser…
Juntei as fitas para as asas e cosi.

TXARAM! Um belo saco de compras hiper-resistente e bem espaçoso para transportar tudo.

Two Fat Ladies: gordura p'ras veias... so what?!

Ahh, quantas vezes me lembro dos bons velhos tempos em que só se fazia dieta quando se estava doente. Os da minha geração e das gerações anteriores devem lembrar-se bem das comidas feitas pelas avós ou pelas mães, sem medo das gorduras e do verdadeiro açúcar…
A partir dos anos 80 começou-se a assistir ao um “ganhar de consciência”, provavelmente relacionado com o aumento do conhecimento da relação comida<->saúde e da proliferação de estudos sobre este assunto, pelo menos cá em Portugal. A partir daí foi o declínio!
Hoje em dia basicamente só podemos comer cozidos e grelhados, carne branca e peixe, e nada de doces (só fruta) senão a coisa (saúde) descamba! Claro que estou a exagerar (o meu nutricionista puxava-me as orelhas se me ouvisse a dizer isto!), bem sabemos que podemos comer de tudo um pouco, mas sem exageros, e seguindo as proporções da pirâmide alimentar. Contudo, muitas vezes sinto saudades da cozinha sem restrições, e apesar de algumas vezes fazer a vontade ao dente (deixando-me levar por um prato típico português daqueles que faz o nosso colesterol disparar em segundos) a verdade é que a minha alimentação diária, e a da maior parte de nós, já não pode ser essa, senão é garantido que não passamos dos 50 anos.
De qualquer forma, na minha adolescência e mesmo início da idade adulta, assisti muitas vezes a este programa: Two Fat Ladies, que me deixava a babar em frente à televisão. Isto é o exemplo perfeito de duas “cozinheiras” que usam (ou usavam, uma vez que uma delas, Jennifer, faleceu em 1999, deixando de haver programa) quantidades industriais de manteiga, natas gordas, farináceos, açúcar, chocolate, e outros papões da culinária actual.
Finalmente arranjei a série e tenho assistido deliciada a estes episódios pois, se não posso comer esta comida, pelo menos ainda posso ver e sonhar com ela! J
Aqui fica metade de um episódio que fala de… portugueses! Vejam também a 1ª parte em que a Clarissa faz uma tarte de chocolate que deve ser um estrondo! Yuuummmm!


Nota: Também me passo com as taças, alguidares, tachos e panelas que elas usavam em todos os episódios, são tãaaaaaooo vintage! JE além disso, escolhiam sempre muito bem as cozinhas onde gravavam os programas, são muito countryside. Love that!

Painel de parede para costura

No meu espaço de costura faltava algo essencial que já tinha visto em imagens de alguns ateliers caseiros mas nunca à venda: um painel de parede para costura. Para quem não conhece, este elemento é fundamental num espaço de costura, de forma a ter o material todo à mão e organizado (pelo menos para mim isso é indispensável!). Comecei por pensar em adaptar um painel de ferramentas, daqueles que se vendem nas lojas de ferragens para colocar em oficinas, mas a ideia não me agradou completamente, ia resultar numa peça banal e algo “industrial”.
Então surgiu a ideia: vou fazer o painel do zero, com a configuração e suportes que eu quiser!
Diga-se de passagem que, fazendo as contas no final, ficaria bem mais barato comprar o painel de ferramentas (cerca de 20€) do que fazer este, mas fiquei com aquilo que pretendia e visualmente é muito mais agradável. Uma vez que o painel iria ser afixado na parede atras da máquina de costura, o aspecto visual seria muito importante para mim, de forma a influenciar positivamente o meu trabalho quando estivesse a costurar! J
Assim sendo, comprei uma placa do género de contraplacado com as dimensões pretendidas, ganchos e camarões (dos de metal, não dos de comer!), pregos, suportes para quadros, pionés, e juntei o tecido, enchimento e cola quente que já tinha em casa.
Comecei por colocar os suportes para quadro na parte de trás da placa de contraplacado. Depois juntei o enchimento à parte da frente da placa, envolvendo os lados também, colando com cola quente. De seguida, revesti este conjunto com o tecido e usei pionés para o prender à parte de trás (podia ter usado o agrafador de trabalhos manuais mas estava sem agrafos…), bem esticadinho.
A placa, o suporte para quadros, a parte de trás da placa já com o enchimento e o tecido, e os pionés a prender o tecido.

A primeira parte estava feita, agora só precisava de dispor pelo painel os ganchos, camarões e pregos da forma que me apetecesse. Nesta altura teria dado jeito o berbequim para furar a madeira, mas como não o consegui encontrar (no meio das ferramentas cá de casa) furei à mão, o que resultou nuns dedos doridos durante umas horas…
A parte de trás pronta, a parte da frente com o tecido bem esticado e os ganchos que usei.

Finalmente, com o painel pronto, só tive de o pendurar na parede, e aqui está ele! J
O painel pronto com vários tipos de ganchos para pendurar diversos objectos: tesouras, carrinhos de linha, canelas da máquina de costura, etc.

Feliz dia de S. Valentim!

Não sou adepta do dia dos namorados. Passo a explicar… Sou defensora de que o dia dos namorados é todos os dias, e o amor deve ser sentido e demonstrado no dia-a-dia, e não apenas no dia 14 de Fevereiro. Não sou adepta de mais uma data criada para o consumismo desenfreado! Os bombons, as rosas, os jantares em restaurantes dispendiosos, isso passa-me tudo ao lado!
Para mim, o que faz sentido é o "Amo-te" que digo e que oiço todos os dias, os gestos de carinho que recebo e que dou todos os dias, o abraço apertado quando menos espero, as palavras de conforto quando mais preciso, a piada que me faz chorar a rir nas alturas mais impróprias, a cumplicidade e amizade que existe entre nós e a intimidade crescente na nossa relação.

Apesar disso, não gosto de deixar passar a data em branco, e desta vez o F. teve direito a um postal catita feito por moi meme:

Tinha de ser em inglês por causa do trocadilho do "Owl" ;)

E uns deliciosos biscoitos de côco feitos com todo o meu amor e carinho:

Parece-me que vão desaparecer num instante! ;)


Espero que tenham tido um Feliz dia de S. Valentim! J

Um banal aloquete transforma-se...


Da última vez que fui a Paris comprei um belíssimo aloquete de código com um padrão floral numa loja que vendia artigos úteis mas muito originais, mesmo junto ao Musée d’Orsay… Hmm, que saudades! Bem, infelizmente o aloquete só durou uns meses porque o mecanismo do código avariou e já não conseguia fazer nada com ele...
Tive de voltar ao banal aloquete dourado que usava antes, igual a tantos outros, o que complica um pouco as coisas quando quero encontrar o meu cacifo no ginásio, os aloquetes são todos parecidos!
Então decidi fazer uma experiência: peguei no aloquete, numa folha de papel de decoupage e no ModgePodge (para quem não conhece, é uma fantástica cola branca que dá para tudo o que é craft!). Ora, toca a barrar o aloquete em modge-podge, aplica-se depois o papel, e finalmente outra camada de modge. Deixa-se secar bem, e completei com uma camada de laca líquida (que é uma espécie de verniz transparente, servindo de selante, também usado em crafts).

Resultado:


Agora não tenho nenhuma dificuldade em saber qual é o meu cacifo! J

Acabadinhos de chegar!

Acabei de receber a minha encomenda da Amazon, dois fantásticos livros que me vão ensinar umas coisas (espero eu!). Um sobre receitas vegetarianas light - "Appetite for Reduction" (mais um para a coleção de dezenas de livros de culinária) e outro - "Breaking The Food Seduction" - onde vou aprender como combater os meus tenebrosos cravings*!

*Cravings: não sei qual é a tradução para esta palavra inglesa, mas significa um desejo incontornável de comer qualquer coisa que já sabemos que vai estragar a nossa dieta, mas ao qual não conseguimos resistir, por muita força de vontade que tenhamos; no meu caso, atualmente são os doces, principalmente ao fim do dia… Para outras pessoas pode ser a cracker com um queijinho da serra, uma dose de batatas fritas, etc. Mais alguém sofre deste mal??
Já tenho leitura para uns tempos! J

Caril de tofu mexido

Ingredientes:
  • ½ pimento verde cortado
  • ½ pimento vermelho cortado
  • 1 embalagem de cogumelos laminados
  • 2 dentes de alho picadinhos
  • 1 embalagem de tofu (firme) cortado em cubos ou desfeito em pedaços
  • 1 colher de chá de caril
  • 1/8 colher de chá de pimenta
  • ¼ chávena de caldo de legumes
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa de levedura de cerveja
Aquecer um wok. Deitar um fio de azeite, e juntar os pimentos e cogumelos. Saltear até começarem a ficar moles, cerca de 2minutos. Adicionar o alho e saltear por mais 1 ou 2 minutos.
Juntar o tofu, polvilhar com o caril e pimenta e juntar o caldo de legumes sobre essa mistura. Cozinhar em lume médio, mexendo de vez em quando com a colher de pau (cuidadosamente para não desfazer o tofu), até o líquido evaporar e o tofu começar a ficar dourado. Juntar o sal e a levedura, mexer. Manter quente até ser servido.
Pode ser acompanhado ou misturado com massa integral (foi a minha opção), ou arroz integral.


Receita retirada de FatFree Vegan Kitchen.


Nota: Apenas 178Kcal por dose (dá para 3 doses), sem a massa ou arroz.

Bonecos para amiga vet - O Regresso

Para quem viu o post Agulha e Linha: Bonecos para amiga vet sabe que ficaram prometidas as fotos dos bichanos na sua nova casa (Clinica Sobrepatas).
E aqui estão eles!!
Parece que o canito já arranjou um amiguinho! LOL


E o gato orgulhoso da sua posição na secretária da (Drª) Ana, eheh!


É tão gratificante ver os meus projectos a serem “usados” pelos seus novos donos, é por isso que vale a pena o trabalho! J

Bolinhos de Tofu com Caril


Ingredientes
·         ½ chávena caldo de legumes
·         1 colher de sopa de sementes de linhaça
·         1 embalagem de tofu
·         1 colher de sopa de levedura
·         2 colheres de sopa de molho de soja
·         2 a 3 colheres de pasta de caril verde*
·         ½ chávena de flocos de aveia triturados
·         ¼ chávena de pimento vermelho picadinho
·         ¼ chávena de salsa picada
·         1 chavena de pão ralado
* Como não tinha esta pasta, usei simplesmente mistura de “Indian Curry”.

Aquecer o caldo de legumes com as sementes de linhaça. Deixar repousar pelo menos meia hora.
Colocar o tofu, a levedura, o molho de soja, a pasta de caril e os flocos de aveia numa picadora. Picar/moer bem esta mistura. Juntar a mistura do caldo com as sementes e picar mais algumas vezes. Raspar a mistura da picadora para uma tigela e juntar a salsa e o pimento. Cobrir e levar ao frigorífico por meia hora.
Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Colocar o pão ralado num prato fundo. Retirar a massa da tigela com uma colher (medir 2 colheres de massa por cada bolo) e dar a forma de um pastel, colocando no pão ralado, de um lado e depois do outro.
Levar ao forno cerca de 20 a 30 minutos.
Estão prontos!
Podem ser servidos acompanhados de molho de iogurte ou molho tahini (ver no fim deste post).
Nota: dá para 4 unidades, e cada uma com cerca de 170Kcal; receita retirada de FatFreeVegan.