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Etiquetas para costura: como fazer?

Há uns anos atrás, encomendei um conjunto de etiquetas Donna Lisa, para "assinar" os meus projetos de costura (roupas, bonecos, etc.). Apesar de muitas vezes me esquecer de acrescentar a etiqueta no final do projeto, as etiquetas lá acabaram...

Antes de encomendar mais, lembrei-me de fazer as minhas próprias etiquetas. Como? Usando uma fita de algodão, ou de sede/cetim, e papel transfer para tecido! Fácil!

Primeiro medi a largura da fita (cerca de 2 cm). Usando uma imagem que já tinha de outros projetos, dimensionei-a ao tamanho desejado (altura = 1,8 cm, o importante era ser < 2 cm). 



Depois tive de inverter a imagem na horizontal, como se fosse um espelho,  pois ao passar a imagem do papel para o tecido, esta vai ser invertida novamente.
Repeti essa imagem num documento word até preencher uma folha A4 completa.
Imprimi numa folha A4 de papel transfer e cortei em tiras.




Finalmente segui as instruções do papel transfer e com um ferro de engomar, passei as imagens para a fita.


 


Depois é só recortar cada imagem e ficamos com etiquetas personalizadas! É uma solução bem económica!








Hamburguer de feijão e grão




  • 1 lata de feijão preto, lavado e escorrido
  • 1 lata de grão-de-bico, lavado e escorrido
  • 3 colheres de sopa de cebola picada
  • 4 dentes de alho picados
  • 1/2 chávena de amêndoas picadas
  • 1/2 chávena de salsa picada
  • 2 ovos
  • Sal, pimenta, piri-piri a gosto
  • Queijo para gratinar (opcional)


Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Preparar um tabuleiro de ir ao forno, forrando-o com papel vegetal e passar um pouco de óleo em spray.

Numa tigela grande, juntar o feijão e o grão e amassar ligeiramente com um garfo. Adicione a cebola, o alho, amêndoas, salsa, ovos, e os condimentos. Misturar bem.
Com as mãos, e usando cerca de 2 colheres de sopa da mistura para cada hambúrguer, dar a forma redonda e achatada a cada hambúrguer (esta mistura dá para cerca de 6 a 8 unidades) no tabuleiro previamente preparado. 

Dica: Se a mistura estiver difícil de manusear por estar demasiado "líquida" juntar um pouco de pão ralado integral até se obter a consistência desejada. 

Levar ao forno por 10 minutos.

Ao fim desse tempo, retirar do forno para virar os hambúrgueres, com cuidado, e, caso queiram acrescentar queijo, podem adicioná-lo agora por cima de cada hambúrguer e levar ao forno por mais 8 a 10 minutos.


Depois é só pegar num pão (pode ser de hambúrguer, mas recomendo integral), dividi-lo a meio, barrá-lo com um molho a gosto (eu usei um molho de iogurte com ervas) e acrescentar umas folhas de alface. Coloca-se o hambúrguer de feijão e grão no meio do pão, e serve-se com fatias de abacate e um gomo de limão.




Um cozido em Vilarinho Seco

Num dos fins de semana passados, juntamo-nos a um grupo de amigos, com o pretexto de dar um passeio de Todo-o-Terreno e tirar (ou pôr?!) a poeira do 4x4. O passeio acabou à mesa de um daqueles restaurantes perdidos no meio do nada, mas que vale a pena fazer km's para lá comer, a Casa do Pedro.

Algumas das paisagens incríveis que vimos...






No final do longo mas aprazível  passeio por terras de Bastos e de Barroso aonde a natureza nos continua a surpreender com paisagens de tirar o folego , lá encontramos a Casa do Pedro, em Vilarinho Seco.

Finalmente a chegada a Vilarinho Seco!

Quando aqui se chega, começa-se logo por admirar esta pequena aldeia, perdida no topo das serras, com o casario em pedra, também ele testemunho de tempos passados.

O largo da aldeia, onde não podia faltar o tanque com água fresca a correr.

A capela da aldeia, no centro do largo.

A entrada da casa do Pedro (lado esquerdo) e da Adega Palheiro (em frente) onde se toma o cafe/digestivo.

Ao contrário do que seria de esperar, isto não faz de Vilarinho Seco uma aldeia isolada do resto do mundo. A Casa do Pedro é destino de muitos apreciadores de boa comida, mesmo que venham de terras longínquas, o que acaba por trazer vida à aldeia.


E o que leva as pessoas a fazerem uma viagem tão longa?? O cozido à portuguesa do Pedro!
Apesar do sustento da maior parte dos habitantes desta aldeia ser a produção de carne barrosã (cada casa mantém uma "côrte" ou "loja" no rés-do-chão para guardar o seu gado), o cozido do Pedro é rico em carnes fumadas, com que juntamente é cozida a couve tronchuda. Tudo isto acompanhado de batata cozida e um arrozinho bem apetitoso.


A Casa do Pedro é uma casa típica da aldeia, em pedra, onde é possível encontrar verdadeiras relíquias espalhadas por todos os recantos!


O agradável interior onde o nosso grupo almoçou.




Mas antes do cozido há que amenizar a larica com umas entradas bem típicas, como a alheira, o chouriço, presunto, broa, etc. Para tudo escorregar melhor, há boa pinga da casa, mas também outros vinhos selecionados.

As sobremesas que nos dispuseram nesse dia foram também as típicas rabanadas acompanhadas de aletria ou então um delicioso leite-creme, com uma película bem crocante de açúcar queimado por cima.

Saímos de lá a rebolar, mas uma refeição destas não termina sem um café e/ou um digestivo, mas para isso temos de atravessar a rua e ir tomá-lo a uma antiga cabana ao lado da casa principal, também muito castiça, chamada agora de Adega Regional o Palheiro.

O interior da Adega.
Para ajudar o organismo a começar o (longo) processo de digestão, não há nada melhor do que uma caminhada pela aldeia, que é muito fotogénica, para conhecer melhor também as suas gentes e seus hábitos. 

Ao fim da tarde de um dia de Inverno é curioso observar o recolher do gado da aldeia, que anda disperso pelas serras ao longo do dia. Aqui ainda se cumprem antigos costumes, em cada dia ou semana calha a um diferente habitante da aldeia acompanhar o gado de todos à serra. No regresso, a manada vai-se desmembrando à medida que passa pela rua principal da aldeia, e cada animal dirige-se sozinho ao seu  respetivo estábulo esperando pacientemente que o pastor lhes abra a porta.

Como tínhamos uma longa viagem pela frente, era tempo de nos fazermos à estrada, mas sem deixar de pensar "Até um dia destes, Pedro"!


Restaurante Casa do Pedro
Largo da Capela (CM 1035)
5460 Vilarinho Seco, Boticas
Tlf:  276 444 112
Nota: Só funciona por marcação!



P.S.: Obrigada Joaquim Alves pelas fotos, estás aprovado como meu repórter fotográfico! :)


Improvisando uma máscara de Carnaval: a capa do Capuchinho Vermelho

Para improvisar uma máscara de Carnaval rapidamente, lembrei-me de usar um tecido vermelho que tinha arrumado desde o Natal, e fazer uma capa de Capuchinho Vermelho!

O retalho que usei tinham +/- 1m de altura e 1,50m de largura. O tecido é algo entre polar e veludo, com alguma elasticidade, o que dá um ar "fofinho" à capa :) Também precisei de cerca de 1,20m de fita vermelha larga (cerca de 2 cm - 2,5cm), que pode ser à escolha de cada (de cetim, de seda, de veludo, etc.).

Para medir a largura da capa, pega-se no retalho de tecido e coloca-se à volta do nosso corpo, como se estivéssemos a enrolar-nos numa toalha de banho, e marca-se com um alfinete o ponto onde uma das extremidades do tecido encontra o outro lado. Mede-se a distância do alfinete à outra extremidade do tecido (no meu caso cerca de 40 cm) e marca-se com giz esta distância ao longo da altura do tecido. Corta-se esta faixa e é com este pedaço excedente que se faz o carapuço. 
O restante tecido é a capa.

A faixa de tecido excedente com cerca de 40cm de largura, no meu caso.

Para fazer o carapuço, pega-se nesta faixa de tecido e dobra-se a meio, no sentido do comprimento:


Depois dobra-se esta peça novamente a meio, mas no sentido da altura, de modo a formar um triângulo.
Corta-se o tecido que sobra do triângulo:


Desdobra-se uma vez e cose-se um dos lados:


Vira-se do direito e temos o carapuço pronto!

Agora só falta juntar o carapuço à capa. 
Marca-se o meio da largura do carapuço e o meio da largura da capa. Junta-se o carapuço à capa nestes 2 pontos, com o lado do avesso de ambas as peças para fora. Com a ajuda de alfinetes, vai-se unindo o carapuço à capa, começando do ponto do meio para fora.
Depois de unidos com alfinetes, marca-se 2 linhas ao longo desta união, na capa uma a cerca de 1cm da margem do tecido e outra a cerca de 3cm.


Depois cose-se à máquina, nestas 2 linhas, formando um "túnel" por onde vai passar a fita.


Pegando agora na fita, cosi cada extremidade da fita com ponto de zig-zag, para não desfiar. 


Passa-se a fita pelo "túnel", franzindo ligeiramente a capa.


Coloca-se a capa sobre os ombros e prende-se dando um laçarote com a fita.
Txaram! A capa está pronta!






Eu complementei a máscara com um pequeno avental, em tecido florido com apontamentos vermelhos e renda a toda a volta, e claro que não podia faltar o cestinho na mão, cheio de coisas deliciosas! :)